segunda-feira, 3 de agosto de 2015

relativizando

Para manter o equilíbrio acredito que tenhamos que nos desequilibrar de vez em quando. Não por vontade própria, mas porque faz parte. Perder a sanidade por alguns momentos, torna-nos mais sãos depois.
Perder o chão, sentir o desvanecer de tudo à nossa volta. O desespero de certa forma instala-se, como se não houvesse a tal luz ao fundo do túnel. Como se a Terra fosse de férias para Júpiter. Como se as estrelas morressem todas, e nós, a seguir. Depois do drama acalmar, questiono-me se não foi tudo um exagero, mas na verdade, não gosto de pensar dessa forma e diminuir o que na realidade aconteceu e doeu. São sentimentos... são mesmo sentimentos! E esses, só quem os sente é que sabe. São como as dores. Relativizo 90% dos acontecimentos, mas nem tudo é passível e possível. Nem tudo dá para relativizar. Nem tudo encaixa. Não vou morrer por isso, [pelo menos acho que ainda não foi detectado nenhum caso que comprove tal coisa, por isso estou safa daqueles 10%] mas às vezes parece.
Reestruturar uma mente danificada de saudades, e todo um conjunto de quereres e renasceres dá mesmo muito trabalho. Um dia positivo, dois negativos. Três positivos, um negativo. O percurso vai-se fazendo desta forma, mas sem desistir, porque acredito que não há nada como a vontade e persistência de querer ser feliz. Aqui ou na China. Ser feliz custa e dá trabalho, no entanto vale a pena. Quem escreveu isto sabia o que dizia. Viver alegremente e com todo o entusiasmo que merecemos. Lutar por sorrisos e deixar para trás o que lá trás ficou.

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