domingo, 13 de dezembro de 2015

como não duvidar

Aquilo que muitos pensam sobre ti pode fazer-te parar para pensar. Pode fazer-te questionar. Pode até te deixar afectado. Magoado. Revoltado. Mas escuta, são palavras de alguéns que maioritariamente não te conhecem e por isso, chuta para canto. Não retenhas ecos de palavras que não te acrescentam nem valorizam como ser magnifico que és. Ouviste? De certeza que ouviste? Tu não ouviste. E tu, nunca vais entender que o que importa és tu, o amor que sentes por ti é superior. Tu és o melhor, tu és o guerreiro vencedor. Mas tu nunca vais entender. Ama-te. Tu és espectacular. Não sejas essa capa de felicidade. Não é que não sejas feliz, mas eu sei. Eu sei muito bem que na tua concha tu desapareces. A força, o sorriso, a perseverança, a coragem, a fé. Desaparece tudo e vem aquele que tu tanto odeias lutar. Tu duvidas de ti. Tu achas que nasceste para amar mas que o amor não foi feito para ti. Tu achas que nasceste para ser guerreiro mas as tuas batalhas ficam a meio. Tu achas que consegues tudo, mas fraquejas quando menos queres. Crias monstros dentro de ti. E ficas na tua luta...como não duvidar?

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

jantar de natal do ginásio

Se aceitasse ir a todos os jantares de Natal deste ano, digamos... já íamos em 4. Só que não. Não vai dar. Só gostava de saber se a ementa do jantar de Natal lá do ginásio é salada e bife de frango. Não fica lá muito bem enfardar assim à frente do PT uma francesinha com batata frita e uma coca cola a acompanhar. Para não falar na sobremesa. Pronto, eu dispenso a coca cola, mas o resto...o resto não. E só imagino um jantar com passadeiras e elípticas a atormentar-me. Agachamentos de barra. Olhos fuziladores. Credo. Nesse dia, não vai dar mesmo. Que chatice...

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

a minha rainha

Estava com remorsos, já tinham passados vários dias e por diversos motivos não a fui ver. Metade culpa minha, metade culpa do resto. Entretanto, hoje desse por onde desse, tinha que a abraçar. Eu tinha tantas, tantas saudades dela! Da minha rainha! Saudades de querer abraçar, beijar, tocar e verificar que está tudo bem, com os próprios olhos. Ela não gosta do dia de aniversário, mas eu gosto muito dela e de a surpreender, então, comprei-lhe uma euphorbia, vulgo flor de Natal, linda, cheia de rebentos. Meti-me no meio da cidade a deambular à procura da prenda. E a prenda é que chamou por mim. Vi e levei-a. Não houve dúvidas. Queria que sempre que ela olhasse para a planta se lembrasse de mim. Lá fui eu de vaso em punho à descoberta da nova casa da minha avó e adorei o que vi. Quando entro num lugar sinto logo as boas energias ou a ausência delas e ali, senti-a bem, num espaço que lhe acrescentava vida à alma. Com um jardim fenomenal para que pudesse ir, com a sua bengala, deslumbrar-se, com a vista mar ao fundo como tela final.  Por detrás daquele rosto enrugado [e digo isto com todo o respeito e carinho] tem uma pessoa fantástica que sabe conversar, ensinar, brincar, ajudar, aconselhar, mimar, e principalmente ser avó. Aquela avó que eu nunca tive. E eu tinha tantas, tantas saudades dela. Fez hoje 83 anos. Não lhe digo muitas vezes porque ela não gosta, mas eu queria tanto que ela ficasse cá até aos 100.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

the last time

boas saudades

diz que é quase natal, é mesmo?

Era agosto e eu pedia já para trabalhar no dia de Natal. Sorte das sortes, vou mesmo estar a trabalhar! Pena que saio a tempo de alguém me querer nalgum jantar. É difícil perceber. Ou não. Já não faz sentido. Vai ser complicado um dia vir a gostar desta época. Já não gostava muito, então agora, é que não mesmo. É uma altura totalmente imposta ao meu ser, tão grande e tão pequenino ao mesmo tempo... Todos se juntam. Todos têm prazer nos presentes. Nas luzes. Nas músicas. Os corações amolecem, menos o meu. Ando à dias a ver no feed do facebook um vídeo qualquer muito emocionante por sinal, desta quadra natalícia. A minha opcão têm sido scroll. Não me quero emocionar. Não tenho com quem me emocionar. Só com a ausência forçada de quem me devia abraçar agora. Mãe é mãe. E ela era mãe e pai. Perdi-a. Perdi tudo. Não quero Natal. Não gosto do Natal. Vejo agora o quanto me engano a mim própria. O quanto as coisas me passam ao lado, mas o quanto elas estão aqui presentes. Tens uma mágoa dentro de ti... Querer estar ocupada nestes dias familiares é só uma forma de não pensar. Mas eu penso. Invarialvemente. Não me esqueço de quem me ajudou o primeiro Natal que passei sem ti. A kilómetros de distância. Não foi ninguém dos meus. Foi ele. Que também foi meu. Nunca me irei esquecer. Lembro-me como se fosse hoje. Das palavras, do apoio, da força, da boa energia, da esperança. Eu não estava sozinha. Obrigada por me teres dado esse sentimento. Não estava sozinha. E hoje, reparo que já passou um ano. Dizem que o tempo cura tudo, eu discordo. O tempo ajuda a aceitar, apenas isso. É quase Natal. Mas para mim, não.

' esta música podia definir-te '